Sejam muito bem vindos!
- Anderson Valadares
- 13 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Muito se fala sobre metas e objetivos, somos doutrinados a nos preocupar sempre com o próximo passo de nossas vidas, de pensar no futuro e no fim atingirmos algo significativo. E não estou aqui para dizer o que é certo ou errado, muito menos impor pensamentos niilistas ou de qualquer categoria filosófica. Mas quero chamar a atenção para algo que fez sentido para mim, e que descobri depois de algum tempo agindo igual as características mencionadas anteriormente.
E o nome de tal evento transcendental se chama histórias! Elas me ensinaram uma lição de extrema valia, pois, desde pequeno me encantava com todo o universo fantástico, cheio de personagens e lugares que poderiam muito bem serem reais, cercado por lições éticas e morais que ajudaram a formar quem sou hoje.
No início, me incomodava apenas com os finais que a muitos delas eram atribuídos, como poderia o vilão vencer no final? Como o casal romântico com a conexão perfeita não terminavam juntos? O bem tem sempre que superar o mal?
Estas e outras questões me levaram a uma definição, histórias são vidas e vidas são histórias. Assim como no mundo real, a ficção não possui uma receita de bolo, nem um caminho único para seguir, tudo é possível e aceitável. Existe uma infinidade de trajetos não mapeados e terras virgens prontas para serem descobertas. E o melhor é que nós como leitores, cinéfilos, apreciadores de letras emblemáticas de músicas, entusiastas de contos de terror numa roda de amigos entorno de uma fogueira, entre outros meios, podemos viver todas estas experiências sem precisar nascermos de novo, ou sermos limitados pela realidade que conhecemos.
E a lição valiosa vêm de justamente não se prender a meta final, ao fazermos isto, deixamos para trás o mais importante, viver o presente. Parece clichê, mas, quando digo isto, quero afirmar que a jornada é muito mais importante que o objetivo. Saímos pessoas diferentes destas experiências que temos ao longo dos anos, e isto conta mais do que qualquer outra coisa.
Certa vez me perguntaram por que eu gostava tanto de "o senhor dos anéis", se a narrativa poderia ser resumida em menos de um minuto, que a longevidade dos filmes e as inúmeras páginas dos livros poderiam ser enxugadas sem muito esforço. E foi através deste questionamento que cheguei a uma conclusão.
A meta era clara e simples, mesmo não sendo fácil, mas, aquela era apenas a coroação do que se sucedeu na vida dos seres que seguiram por aquela inesquecível aventura. Cada lugar que conheceram, comida que provaram, pessoas que conversaram, desafios que superaram, lágrimas que choraram, eventos que temeram. Tudo isto e muito mais fazia daquela obra algo inesquecível, pois, a história estava escrita, e a jornada se encerrava apenas para que uma nova acontecesse.
Por isto, não tema se as coisas não estão indo da forma que planejava, não se frustre ou desista se o objetivo não foi conquistado, apenas continue seguindo em frente, o seu caminho pessoal fez de você alguém diferente do que era ontem.
Exposta esta breve reflexão, quero convidar você, se acaso assim como eu, estiver eufórico(a) para conhecer novas jornadas e viver muitas vidas, a se juntar nesta simples e breve comunidade que tratará acima de tudo do mais importante.
De histórias.
Sejam muito bem-vindos!
Anderson Valadares
Escritor
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